quinta-feira, 31 de maio de 2007

Não quero existir, quero viver!


Existem momentos da vida que você não tem vontade de nada. E não falo de depressão;


Há outros que você não sabe ao certo o que está acontecendo ao seu redor;

Há momentos de tamanho encanto que parece que a vida toda se resume aquilo; mas há momentos em que nenhum encanto preenche nossa vida.

Brigas internas; frustrações; rendição; loucura e lucidez se misturam tal maneira que você pensa que perderá o controle de tudo.

Mas acho que o pior está quando você começa a perder a capacidade de ver no horizonte alguma solução. A pior coisa que é olhar para o futuro e ver somente um enorme ponto de interrogação.

Sei que fé é esperança naquilo não se vê. Mas infelizmente quem escreve esse texto é um simples mortal, sujeito a fraquezas inerentes a sua humanidade.


São os planos, os sonhos e as conquistas de hoje que clareiam nossa visão de futuro. Eles são um trio difícil de conciliar.

Em alguns momentos temos muitos planos, mas não são necessariamente os nossos sonhos, e o que fazemos não são direcionados aos nossos planos.

Em outros começamos a sonhar, e esses sonhos nos enchem apenas de ar, e começamos a flutuar, flutuar, e os sonhos não se tornam planos ou mesmo conquistas, apenas nos servem para fazer voar, voar para bem longe dessa realidade.

Já em outros, conquistamos. Mas nem tudo que conquistamos foi projetado, acontecem coisas ocasionais, e até mesmo aquilo que nem sonhávamos mais se é conquistado.

Como a vida é complicada!

E quando você deixa de sonhar, já não tem mais planos e não conquista nada!? Aí é o verdadeiro “Inferno na Terra”.

Para definir essa fase da vida usaria uma frase de Oscar Wilde que diz “que algumas pessoas não vivem, mas apenas existem”. Existir é a pior coisa do mundo. Quem somente existe fica sob um grau de angustia, tristeza e desesperança terrível. É uma dor silenciosa que parece corroer todas as nossas estruturas.

Então pior do que viver é simplesmente existir!

Toda a vida tem que ser pautada de objetivos, conquistas e sonhos. Aquele consegue equilibrar essa “bandeja” pode-se dizer que vive bem. Os que não conseguem não vivem bem. Já os que derrubam essa “bandeja” apenas existem.

Oh Deus! Ajude-me a simplesmente viver.

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