segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

NÃO AGÜENTO MAIS

Aqui algumas coisas que eu nao aguento mais na Instituição Evangélica. Qualquer semelhança com outros textos com a mesma tematica nao é porque eu esteja imitando, mas é porque os problemas são velhos e batidos, porém, nunca resolvidos.


  1. Não agüento mais o misticismo evangélico que substitui a fé em Jesus. Coisas do tipo o nome de Jesus tem poder mostram uma magia inigualável. O nome de Jesus não tem poder em si se não houver fé e entrega total a esse Deus.
  2. Não agüento mais a politicagem que a Instituição exige para sobreviver como tal. Não aceitarei afirmar que ele é um "mal necessário" para que a Igreja seja ela. A Igreja não precisa de "mal necessário", mas os tronos de poder eclesiástico.
  3. Não agüento mais o ambinte de medo e de tolhimento que vivemos em muitas instituições. Quero viver minha salvação pela fé, que me leva a amar a Deus e que por esse amor verdadeiro todo medo é lancado fora.
  4. Não agüento mais as palhas secas que vivem sendo dadas nos pulpitos e que tornam os culto as cerimônias mais monótonas que já se teve conhecimento. Se Deus é "novidade de espírito", porque achamos tão bom viver na velha letra que só mata o nosso ser?
  5. Não agüento mais ter que falar disso pra tantas pessoas e ser considerado apenas um excêntrico, um revoltado e visionário. Não sou eu o único "maluco" que vê assim e espero que Deus levante muitos que percebam o mesmo.
  6. Aliás, não agüento mais escrever agora, e você, o que não agüenta mais?

DIRETOR DE "TITANIC" AFIRMA TER ENCONTRADO O TÚMULO DE JESUS

Um documentário a ser exibido nesta segunda-feira nos Estados Unidos afirma ter identificado o túmulo onde foram enterrados Jesus Cristo, sua mãe Maria, e Maria Madalena.
Intitulado The Lost Tomb of Jesus (ou O Túmulo Perdido de Jesus, em tradução livre), o documentário foi produzido pelo diretor do filme Titanic, James Cameron, para o canal de TV Discovery.

As supostas revelações do documentário fazem referência a um túmulo encontrado em 1980 no subúrbio de Talpiot, em Jerusalém. Nele, os arqueólogos encontraram dez caixões – ou repositórios de ossos – e três crânios.

Seis deles portavam inscrições que foram traduzidas como Jesus, filho de José; Judá, filho de Jesus; Mariamne (apontado como o verdadeiro nome de Maria Madalena); Maria; José; e Mateus. Mas, à época, o achado não gerou grande interesse, porque os nomes eram comuns há dois mil anos.

Quinze anos depois, a equipe submeteu os resíduos de ossos a testes de DNA, e verificou que não havia parentesco entre os ossos que seriam de Jesus e Maria Madalena, levando-os a concluir que ambos só poderiam estar na mesma tumba se fossem casados.

Questionamento

Embora não questione o episódio bíblico da Ressurreição – já que não havia ossos nos caixões – o filme de US$ 2 milhões (quase R$ 4,5 milhões) põe em questão os pilares do Cristianismo da mesma forma que o livro O Código da Vinci, de Dan Brown.

Na trama, a Igreja tenta esconder a revelação de que Jesus e Maria Madalena tiveram um filho.
Para evitar manifestações de católicos, o local onde James Cameron dará uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira, será mantido em segredo até o último momento. A tumba onde os ossos foram encontrados também permanece sob guarda armada.

Mas o cientista que supervisionou as escavações em 1980, Amos Kloner, disse que os nomes eram coincidência, e qualificou o filme como "bobagem".

"É uma ótima história para um filme, mas é impossível. É bobagem", ele disse, segundo o jornal Jerusalem Post.

"Jesus e seus parentes eram uma família da Galiléia, sem laços com Jerusalém. A tumba de Talpiot pertencia a uma família de classe média do primeiro século."

Fonte: BBC Brasil, em 26/02/2007.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

O DEUS DOS "RELIGIOSOS"

Para Meditar nessas palavras de Karl Barth:


O mundo sente a verdade por instinto natural, e não se deixa levar por engodos; é por isso que se recusa a seguir o Deus dos "religiosos".

Deus é apenas uma ideologia quando os homens tomam emprestado os pontos de vista divinos, porém sem Deus, quando Deus deixa de ser, ele, a única fonte de todo o bem e o homem passa a ser ou fazer algo com Deus (ser seu representante e cooperador) ainda que (esta co-participação) seja motivada pelas mais finas e mais nobres intencões.

Este pensamento esta contido no comentário "Carta aos Romanos" de Barth.

O que vocês acham?

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

NINGUÉM VAI PARA O CÉU

Esse é um texto que está postado no Blog de Ed Rene Kivitz. Nao estou aqui roubando sua criacao, pois foi de autoria dele o comentario abaixo. Apenas quis aqui pelo fato concordar com esse pensamento, pelo menos em parte, rsrrsrs!

"Eu acredito no Céu, e estou comprometido com esta fé. Mas quer saber de uma coisa? Dá muito trabalho achar versículos que dizem que nós vamos para o Céu! Dê uma olhadinha e veja quantos você consegue achar. Talvez você se assuste. Note bem, não estou dizendo que o Céu não existe. Mas leia o livro de Apocalipse. Como é que ele termina? Nova Jerusalém está descendo do Céu para a Terra. Eu não vou para o Céu - o Céu é que vem para cá! Sou um crente que realmente acredita no Céu, mas que ele vai ser aqui, nesta Terra devidamente restaurada. Perceba o que Deus faz com Jesus: quando Cristo é ressuscitado, os discípulos conseguem ver que é o corpo do Salvador, mas que foi transformado. O que aconteceu? Acredito que o Céu e Terra se uniram em Jesus. O corpo físico de Jesus foi permeado, foi tomado pela existência do Céu. E é isto que devemos esperar. Esta Terra será tomada pela presença do Céu e será transformada. Da mesma forma que o corpo de Jesus era o mesmo, mas transformado, acredito que esta será a mesma Terra, mas transformada".

A estas palavras de Rikk Watts (Livres para amar, Editora Sepal, p.30) eu acrescentaria que o que devemos esperar não é a chegada do Céu, mas a completa transformação de nós mesmos, isto é, sermos transformados à imagem de Cristo, ser como Cristo, ser Cristo, para que possamos habitar a Terra transformada pela presença do Céu.

COMO DEUS NOS ENXERGA

Mateus 5:29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
Mateus 5:30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.


Uma coisa é a forma como nos percebemos. Você pode muitas vezes se olhar com certa criticidade, assim como também pode ser permissivo com relação há alguns defeitos. Enfim, com certeza você tem uma concepção formada acerca de si mesmo.

Outra coisa completamente diferente é a forma como os outros nos percebem. Quais são as opiniões ao nosso respeito, o que eles pensam ser os nossos defeitos, nossas qualidades. Essa opinião dos outros ao nosso respeito muitas vezes são diferentes da nossa, é como se às vezes, os que estão fora de nós enxergassem certas coisas que não são visíveis aos nossos olhos.

Mas existem uma outra forma de percepção da qual nós dificilmente nos preocupamos em saber: a percepção de Deus ao nosso respeito. Esse texto do evangelho fala um pouco da forma como Deus pode nos perceber.

Jesus ordena para que arranque-mos o olho direito, a mão direita, caso sejam elas motivo para que estejamos caindo no caminho para o qual ele nos direcionou. Longe de ser uma afirmação literal, Jesus estava falando em metáforas uma verdade acerca da forma como Deus nos percebe.

Olho e mão estão ligados a pensamentos e ações humanas. O lado direito, biblicamente falando, refere-se ao lado do bem, das coisas de Deus, do correto. Sendo assim, Jesus ensina que aqueles pensamentos e ações, que nós consideramos serem certos, corretos e como partes integrantes da nossa vida, do nosso ser, precisam ser tirados da nossa vida caso estejam nos impedindo de caminhar para o alvo que Deus tem traçado para as nossas vidas.

Mas se eles são corretos, por que Jesus deseja que eles sejam extirpados de nossas vidas?

Pelo simples fato de que são corretos aos nossos olhos, achamos que esses “olhos” e “mãos” fazem verdadeiramente parte da nossa vida, mas não são. Eles são “mutações” causadas por nossa natureza caída, pelo convívio com outros seres caídos, e surgem na nossa alma ocupando um espaço que não é deles.

Atingem nosso caráter, nossa personalidade, e nos fazem acreditar que eles são verdadeiramente uma parte nossa.

Mas Deus nos percebe de outro modo. Ele nos criou e ele sabe o que foi acrescentado a nossa natureza e que nos causa mal, mesmo que para nós mesmos aparente ser um bem. Deus quer nos ajudar a nos enxergarmos da forma que Ele nos vê e, assim sendo, retirar aquilo que é falso, aquilo que impede nossa passagem para a eternidade.

Isso é tão difícil quanto uma amputação, mas é necessária, pois com o tempo, esse falso membro poderá apodrecer todo o nosso ser.


Pense Nisso!

Jorge

A INOPERÂNCIA CRISTÃ É UMA QUESTÃO DOUTRINÁRIA?

Estava agora mesmo lendo um texto do Pr. Ricardo Gondim chamado "Cristãos Inoperantes". Nele, o pastor comenta que a causa maior dos cristãos nao salgarem a terra, isto é, não serem agentes de transformação no mundo em que vivem, tem em si mesmo uma causa: a prisão mental à antigos dogmas acerca de Deus e da salvação que levam a crença de um determinismo histórico que estanca qualquer acao cristã no mundo. Pelo menos essa é minha compreensão do texto.

Longe de querer escrever uma resposta contra o pensamento do Pr. Ricardo, até porque meu interesse nao é questionar a veracidade de sua opinião; desejaria emitir também meus "insights" sobre a questão. Admiro o Pr. Gondim, sou membro da Betesda e não tenho aqui o menor intuito de difamar qualquer tipo de pensamento, apenas senti vontade de escrever sobre o assunto e expor minha opinião, mesmo que pareça discordar em alguns pontos.


Bem, primeiramente concordo que a inoperância cristão seja uma questão doutrinária. A visão que carregamos acerca de Deus e da salvação é tão contraditória em si mesma que só poderia mesmo levar a inoperância e até mesmo a hipocrisia. Porém, talvez a troca de uma doutrina por outra, de uma pensamento ou teologia por outra não seria em si a solução dos nossos problemas.

Ao mesmo tempo em que uma teologia pode fechar as lacunas deixadas por outra, ela também trará novos espaços vazios, e aí entramos em um ciclo sem fim.

Querer explicar a existência de favelas e desgraças social apenas "diminuindo" os atributos de Deus nao resolverá nada. O problema não está apenas na "redefinição" da Natureza de Deus, mas também nos "atributos" do homem e na sua relação com Deus.

A inoperância cristã não é conseqüência de doutrinas má construidas ou inadequadas para nossos dias, mas sim é conseqüência da fé nas doutrinas, nos dogmas e nas construções humanas acerca da pessoa de de Deus, seja Ele relacional ou tradicional, calvinista ou arminiano, liberal ou fundamentalista.

Não sei se me faço entender. O que afirmo é que a fé foi direcionada de uma Pessoa para um sistema. O Evangelho é uma pessoa, e não quatro livros. Hoje, a fé dos cristãos é voltada para tudo que um pastor ou obreiro diz, mesmo sem saber que ele mesmo se contradiz em muitas afirmações que faz.

O problema não está em deixar de crer que Deus sabe o futuro, comecar a ler a Bíblia tendo um livro específico como eixo hermenêutico ou mesmo acreditar que a salvação inclui a construção de um mundo terreno melhor.

O fato de Deus saber tudo não diminui a responsabilidade humana, o fato de se usar um texto como eixo hermeneutico nao fará da Biblia um livro diferente. A questão toda está no alvo da fé humana: a fé está na igreja, no dogma ou na Biblia. Seja qual for, a verdadeira fé tem como alvo Jesus.

O texto passado do Pr. Caio Fabio que postei aqui explica muito bem o que quero dizer. A fé cristã deve estar em Cristo, em viver como Cristo, em perceber como Cristo. Cristo é o centro da nossa vida e da nossa fé, é o centro da nossa opinião acerca de Deus e do mundo. E em Cristo as teologias sempre são inacabadas e ineficazes.

O problema é que enxergamos de acordo com o que a instituição e dogma nos manda, e achamos ilusoriamente que estamos em Cristo.

Simplesmente, na minha opinião, a igreja não carece de um Deus que abriu mão do futuro para construí-lo com o homem, ela carece sim ter um encontro com Cristo e realmente encarná-lo na sua experiência de vida.

A Igreja precisa sim entender o que é a Graça e parar de viver na Teologia do medo de Deus. A igreja precisa seriamente abrir mao do espirito farisaico e mistico que tomou conta dela e comecar a ler a Bíblia tendo Cristo como o "eixo hermenêutico".

Cristãos inoperantes simplesmente não vivem como Cristo, mas são frutos da Igreja, seja ela de que doutriona for.

P.S: Desculpem os erros de português! rsrsr


Jorge

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

O EVANGELHO É O NOME - SE PUDER LER, LEIA!

Olá! Estou entrando agora na comunidade dos bloggueiros, e na minha inicializacao, nao poderia deixar de comecar com um texto de Caio Fabio, homem que admiro por sua visão e compreensão de Jesus.

Sendo assim, gostaria de comecar com esse texto otimo só o Evangelho, logo logo estarei colocando postagens minhas.

Então, só para confirmar, o texto é de autoria do Pr. Caio Fabio, e eu apenas o publiquei por concordar inteiramente com o seu pensamento.


O EVANGELHO É O NOME - se puder ler, leia!


Foi porque “os cristãos” não entenderam que o Evangelho é Jesus, que, separadamente de Jesus, criaram uma outra coisa, e que deveria ser vista por todos como “o Evangelho”. Assim, Jesus seria o Cordeiro da Cruz e da Ressurreição; mas, à parte Dele, deveria surgir uma “doutrina de salvação”; conforme o conceito de “doutrina” dos homens — tendo nos gregos os artícifies filosóficos e metodológicos desse “ídolo de pensamentos” patrocinado pelo Império Romano.

Ora, o Evangelho que se vê anunciado por Paulo, por exemplo, não é uma “doutrina”, conforme o termo se faz entender por nós, mas apenas uma explanação dos significados salvadores do que Jesus fez; e além disso, uma aplicação de natureza individual, existencial e, também comunitária do significado de se ter crido e aprendido em e de Jesus. Entretanto, tal explanação não obedece a lógicas humanas, e nem se reveste de nada que se assemelhe a um “sistema”; posto que, para Paulo, não havia nada a ser sistematizado no Evangelho, mas apenas crido.

E o fato do apóstolo não ficar citando palavras de Jesus, conforme ditas e registradas nos 4 evangelhos (e que já existiam como informação oral), apenas prova que até mesmo o que Jesus disse não era material para ser “decorado”; antes era algo para ser entendido como espírito e como consciência aplicada à vida. Foi a esquizofrenia produzida entre Jesus-Evangelho, de um lado; e um corpo de doutrinas chamada de Evangelho; de outro lado (o qual é feito da sistematização de tudo o que na Bíblia se pode usar para fundamentar um pressuposto “lógico” acerca de um “plano da salvação”) — justamente aquilo que tornou Jesus tão diferente daquilo que a “igreja” chama de “Evangelho”; e, ao mesmo tempo, tornou a “igreja” tão díspare em relação à Pessoa de Jesus.

Muita gente diz “o evangelho está crescendo...”; ou o “evangelho está tendo resistências...”; ou ainda “o evangelho progrediu muito...” — sempre em referência ao crescimento de adesões religiosas à “igreja”; mas quase nunca pensando que o Evangelho só cresce para dentro; e qualquer coisa que carregue o seu nome do lado de fora, tem que ser a mera reprodução do que ele gerou no coração. Todavia, para a “igreja”, Jesus salva; mas o que o salvo se torna não tem nada a ver com Ele! Aliás, se ficar parecido com Ele não serve para a “igreja”. Pois nada incomoda mais a “igreja” do que alguém que busque ser, radicalmente, como Jesus. Andar como Ele andou, para a “igreja”, significa outra coisa. De fato significa comportar-se como a “igreja” determina; mesmo que isto venha a ser equivalente a negar o modo como Jesus se mostrou a todos os seres humanos; conforme o registro dos 4 evangelhos.

De fato Jesus é o Evangelho; pois é somente Nele, e na fé que converge de modo exclusivo para Ele, que surge o entendimento do Evangelho. O Evangelho é Jesus, em todas as Suas histórias, ações, visões, ensinos, interpretações da realidade, e, sobretudo, Sua entrega voluntária, como Cordeiro; e, para além disso, Sua Ressurreição! Para se entender o Evangelho tem-se que olhar a vida com o mesmo tipo e qualidade de amor que Jesus demonstrou em Sua existência no tempo e no espaço; ou seja: na Sua Encarnação. O Evangelho só cresce em nós quando a consciência de Jesus se torna crescente em nós. Isto é ter a mente de Cristo, segundo Paulo. Portanto, isto é Evangelho. O Evangelho é o entendimento segundo Jesus que se torna vida e alegria para quem crê.

Sem tal olhar e sem tal sentir e pensar, conforme Jesus, não há nada que seja Evangelho. Sim, sem isto podemos ter 4 evangelhos, mas não temos ainda o Evangelho. Isto porque o Evangelho não existe nos quatro evangelhos. Ali temos registros verdadeiros de Quem é Jesus; e de tudo o que, sendo essencial, Ele fez e ensinou. Sim, não há nada além de letras nos registros dos evangelhos, até nos mais originais de todos eles, posto que o Evangelho não é uma informação, mas sempre uma encarnação da Palavra.

Por esta razão, do ponto de vista de Jesus, conforme os evangelhos, o Evangelho tinha a ver com gestos. Afinal, uma mulher o unge com óleo e Ele diz que aquilo era Evangelho. Na Bíblia há 4 evangelhos, mas nenhum deles é Evangelho enquanto não é crido e praticado! Quando Paulo diz que o Evangelho é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, ele não se refere a nenhuma sorte de adesão à “religião da salvação”, mas exclusivamente a ter crido e obtido, pela fé, o entendimento para provar a salvação como benefício espiritual já na Terra. Afinal, Evangelho é Boa Nova. E que Boa Nova há em 4 evangelhos que não se tornam Evangelho (produtor de vida e paz) na vida dos papagaios que o decoram? Há papagaios capazes de desenvolver inteligência de resolução de problemas de uma criança normal de 6 anos. E com a memória que esses pássaros possuem, se ensinados, decorariam os evangelhos, como uma criança é capaz de fazer quando treinada. Neles, porém, não haveria nenhum Evangelho.

Evangelho é vir e aprender com Aquele que é manso e humilde de coração, achar descanso para a alma Nele; e trocar a canga da angustia pelo peso-leve de Seu fardo de alegrias. Evangelho é achar o tesouro que nos evangelhos é uma parábola! Evangelho é a chance de nascer de novo e de ter no coração o reino de Deus! Evangelho é certeza de perdão; mas que trás consigo o compromisso com o perdão ao próximo; que, no Evangelho, não é um sacrifício, mas algo agradável como um grande privilégio! Evangelho é ser forte contra a mentira e doce ante qualquer que seja a confissão de verdade! Evangelho é a alegria de dar a vida pelos amigos; e até pelos inimigos! Evangelho é, portanto, andar como Ele andou; e isto para total benefício de quem O segue em fé! Evangelho é assim... igualzinho a Jesus! E para eu dizer o que é Evangelho, com minhas imensas limitações, teria que escrever tudo o que vejo, sinto, percebo e recebo de Jesus todos os dias; além de tudo o que de Sua Graça vejo nos evangelhos, e enxergo como Evangelho de salvação, na minha vida, e na de todo aquele que crê e busca andar conforme a Sua mente.

Assim, ao invés de buscar decorar os evangelhos, busque entender o seu espírito; pois Jesus disse: “As minhas palavras são espírito e são vida”. Enquanto o Evangelho não se torna um entendimento em fé, e que nos concede cada vez mais ver, sentir, e decidir conforme Jesus, nenhum benefício do Evangelho chegou até nós. O Evangelho é Caminho, Verdade e Vida — e Caminho, Verdade e Vida só estão em Jesus. Portanto, o Evangelho é Jesus e Jesus é o Evangelho; e tudo o que não for assim e conforme o espírito de Cristo, pode até ganhar o apelido de “evangelho”, mas não é Evangelho. Ora, é apenas por crer que os 4 evangelhos só se tornam Evangelho se cridos e praticados como entendimento e consciência; e também é somente por ter o testemunho de toda a História da Igreja quanto ao fato de que sem Bíblias, o povo fica nas trevas; mas também que com Bíblias, porém sem ter a Jesus como a “chave hermenêutica” da leitura, o povo fica “evangélico” — que ouso dizer que nem mesmo a Bíblia ajuda se a pessoa não tiver entendido que Jesus é o Evangelho; e que até da Bíblia muitas coisas deixam de ser Evangelho pelo simples fato de não terem sido encarnadas por Jesus como vida.

O local físico onde posso ler os 4 evangelhos é a Bíblia. Porém se na leitura eu não olhar tudo a partir da certeza de que Jesus é o Evangelho, a Bíblia servirá apenas para dividir e dividir as pessoas em nome de Deus; porém sem Deus em nenhuma das divisões; todas feitas em nome de verdades de fariseus; as quais, para Jesus, ainda quando eram verdadeiras, se tornavam mentira; posto que não eram praticadas pela via do amor que fez Deus se encarnar em Jesus.

Nele, que é o Evangelho,

Caio